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'Foi uma perda e um ganho', diz mãe de bebê trocado na maternidade após destroca em MT

Publicado em: 24/04/2018
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As famílias que tiveram os filhos trocados no Hospital Regional de Alta Floresta, a 800 km de Cuiabá, tentam se adaptar aos seus bebês biológicos. Depois de viver quase um ano com as crianças trocadas, está sendo difícil retomar a rotina.

Depois de muita angústia, Franciele Monteiro Garcia recebeu a confirmação que tanto suspeitava. O filho que cuidava desde o nascimento não era o que ela deu à luz.

O filho biológico estava com outra família. Os bebês foram trocados em maio de 2017, no hospital Alta Floresta.

"A gente chorou e se emocionou, porque realmente dói. Foi uma perda e um ganho. A gente perdeu aquele com quem convivíamos durante esses 11 meses e ganhamos outro", afirmou Francielli.

O resultado do exame de DNA pedido pela Justiça e que confirmou as trocas saiu na semana passada. As famílias ficaram tristes com a história.

“Nunca me doei assim tanto, tanto como me doei pro outro, achando que era meu filho mesmo. E eu estou sentindo muita falta dele”, afirmou o pai da outra criança, Afonso Souza Vieira.

A destroca dos bebês ocorreu há poucos dias. Desde então dois sentimentos estão muito presentes na casa. A alegria por estar com o filho biológico e a saudade da criança que viveu por 11 meses com a família.

“Eu sei que meu filho biológico precisa de mim, do meu amor e o que eu estou tentando dar para ele. Vai demorar um pouco pra me acostumar”, declarou Erivânia da Silva Santos.

As famílias e as crianças ainda vão levar um tempo para se acostumarem. Uma assistente social está ajudando neste momento de adaptação. As famílias não entendem o erro cometido no hospital.

O advogado, que representa uma das famílias, disse que vai entrar com um processo por danos morais contra o hospital.

“Eles estão pagando por algo que eles não devem, o sofrimento é muito grande. Estamos falando de ser humano, da coisa mais valiosa que existe que é a vida”, comentou Gerson Luiz Severo.

A reportagem procurou a direção do Hospital Albert Sabin, que não quis gravar entrevista. Foi aberto um procedimento administrativo para apurar como aconteceu a troca dos bebês na maternidade, logo após os partos.

Fonte: G1 MT

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