A empresária cuiabana, alvo da 'Operação Apate', deflagrada na manhã desta quinta-feira (26), pela Polícia Federal (PF), usou o dinheiro desviado da 'Lei Rouanet' para adquirir uma sala comercial, onde funciona a sede da empresa investigada. Ela, que não teve o nome divulgado, ainda teve suspenso sete projetos culturais em andamento junto ao Ministério da Cultura, que estavam sob sua responsabilidade, cujos valores ultrapassam R$ 9 milhões.
As investigações foram iniciadas em 2017, a partir de uma apuração preliminar realizada pela Controladoria Geral da União (CGU). Segundo consta, a empresária utilziava notas fiscais e recibos com valores superfaturados ou contendo a descrição de serviços que não foram prestados.
No ano de 2014, o Ministério da Cultura – MinC aprovou a execução de um projeto cultural no valor de R$ 460.160,00, sendo constatados indícios que apontam para um prejuízo aproximado de R$ 162.935,70. Já em 2015, o MinC aprovou a execução de outro projeto no valor de R$ 1.200.197,60, mas indícios apontam para um prejuízo aproximado ainda maior, de R$ 699.831,96.
Na fase inicial das investigações, também restou comprovado que, no ano de 2015, as fraudes viabilizaram a locação de uma praça pública por R$ 90.000,00. Do total de recursos desviados, foi identificado que parte foi utilizada pela empresária para adquirir uma sala comercial, onde funciona a sede da empresa investigada.