Onze hospitais estão com as cirurgias suspensas em Mato Grosso por causa da greve dos caminhoneiros, que tem provocado o desabastecimento, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Um relatório elencando os problemas foi entregue ao governador Pedro Taques (PSDB) nesta segunda-feira (28).
O secretário-adjunto de Gestão Hospital da SES, Cassiano Falleiros, afirmou que foram suspensas as cirurgias eletivas, que estavam agendadas para esta terça-feira (29) e quarta-feira (30), e que os procedimentos de urgência e emergência continuam sendo feitos.
"Nas unidades faltam gás de cozinha, parte de hortifrutigranjeiro e combustível. Não estamos conseguindo fazer o trasnporte de alimentos para atender aos pacientes e até funcionários dos hospitais", afirmou.
Destas 11 unidades com as cirurgias temporariamente suspensas, sete são hospitais regionais, de Alta Floresta, Colíder, Sinop, Sorriso, Cáceres, Rondonópolis, além do Hospital Metropolitano de Várzea Grande.
Também estão suspensas as cirurgias no Complexo de Atendimento Psiquiátrico Adauto Botelho, em Cuiabá, e nos hospitais municipais de Barra do Bugres, Peixoto de Azevedo e Água Boa, que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de convênio com o estado.
De acordo com o secretário, a situação continua sendo monitorada, até que o transporte seja normalizada.
"A falta de abastecimento comum gera desabastecimento dentro dos hospitais. Existe a negociação para a liberação de algumas cargas, mas dependendo dos pontos em que elas estiverem os caminhoneiros não liberam. Algumas cargas vêm de outros estados e estão paradas", explicou.
No sábado (26), o governo decretou situação de emergência por causa da greve dos caminhoneiros e, domingo (27), suspendeu o expediente de servidores e aulas estaduais nesta segunda-feira (28) por causa do desabastecimento em postos de gasolina e supermercados no estado devido aos bloqueios nas rodovias.
Por causa dos reflexos negativos da greve dos caminhoneiros, o governo também criou um comitê de gerenciamento de crise.