No ano passado, 90 trabalhadores do campo e dois adolescentes foram libertados de trabalhos análogos à escravidão em Mato Grosso. A informação é da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e consta em um levantamento divulgado pela instituição na terça-feira (5).
Os resgates ocorreram em janeiro, março, junho, julho e setembro de 2017.
Segundo os dados, as ocorrências foram registradas em seis municípios. São eles: Confresa, Cuiabá, Guarantã do norte, Nova Maringá, Nova Santa Helena e São Félix do Araguaia.
Uma propriedade rural no município de Nova Maringá, 392 km de Cuiabá, teve o maior número de resgatados em uma única ocasião. A ação foi registrada em março de 2017.
À época, 30 trabalhadores foram libertados. A atividade no local era voltada ao cultivo de soja.
Já em nova Santa Helena, a 622 km da capital, duas propriedades foram alvos de vistoria. Ao todo, no município 43 pessoas foram resgatadas. Entre os trabalhadores retirados do local estava uma grávida de oito meses e um adolescente de 17 anos.
Nas propriedades, os trabalhadores eram responsáveis por atividades com gado, desmatamento, pecuária, arroz, soja e mineração.