O Governo de Mato Grosso assinou um contrato de concessão para o uso de uma Plataforma Integrada de Ofertas Turísticas, cujo proprietário é o Governo de Minas Gerais. Com a ferramenta, haverá um salto no que diz respeito ao monitoramento e acesso às informações das regiões turísticas, bem como a possibilidade de formação de um banco de dados eficiente que poderá alimentar uma série de canais de comunicação, como sites, aplicativos e redes sociais, por exemplo, além de servir de subsídios para a formatação de políticas públicas para o setor.
Segundo o secretário-adjunto de Turismo, Jaime Okamura, a parceria foi fruto de um processo de articulação que resultou no uso gratuito da ferramenta. Caso Mato Grosso fosse desenvolver algo semelhante, seria necessário o investimento de R$ 500 mil, além do tempo legal exigido para a execução de qualquer projeto. “Entre repasses técnicos, implantação e abastecimento, a expectativa é estar operando até o final do ano”.
Existem outros estados que pleiteiam a ferramenta e estão na fila, afirma o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Leopoldo Mendonça, que representou o executivo na assinatura da parceria que aconteceu na sexta-feira (22). Ele argumentou que Mato Grosso saiu na frente e a expectativa é dar mais celeridade e dinamismo nos trabalhos da secretaria.
Atualmente, dos 90 municípios que deveriam ter completo o mapeamento das ofertas turísticas, apenas 30 executaram o trabalho, sendo que uma parte deles está desatualizada. O coordenador de Pesquisa e Planejamento em Turismo da Sedec, Diego Ausgusto Orsini Beserra, explica que o processo esbarra em uma série de complicações, entre elas a carência de profissionais e as dificuldades de deslocamento das equipes estaduais.
Com a implantação da plataforma, as duas situações serão sanadas, uma vez que se eliminará todo papel e também a necessidade de presença física do servidor. Conforme Beserra, depois que os técnicos estaduais tiverem treinados, eles servirão com multiplicadores e ainda poderão dar suporte remoto aos municípios.
O secretário de Turismo de Minas Gerais e atual presidente do Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Turismo, Gustavo Arrais, afirma que a plataforma é de suma importância, principalmente porque cada uma dos estados irá guardar o banco de dados no próprio CPD e não no Ministério do Turismo, como já aconteceu em outras tentativas de se implantar o sistema. Naquela ocasião, houve um problema técnico e todas as informações foram perdidas.
Arrais explica que na plataforma, empresários e agentes públicos de Turismo irão abastecer e ter acesso aos dados relativos aos atrativos turísticos, estrutura física, de acesso, número de hotéis e demais estabelecimentos correlacionados ao trade do Turismo. Também há espaço para os detalhes de cada serviço.
Com o tempo e a desenvoltura de cada gestão, o secretário contextualiza que será possível, por exemplo, definir um trajeto comum dos turistas e assim, por exemplo, explorar as áreas de forma mais inteligente. “Temos que ver o setor de maneira profissional e fortalecer o posicionamento de cada um no mercado. Temos que fortalecer o que queremos vender e atrair quem está procurando pelos nossos atrativos, colocando nossas ofertas na área de fácil acesso”.
No que diz respeito à parceria, o secretário de Minas diz que o governo mineiro quer compartilhar a ferramenta desde que qualquer melhoria realizada pelos estados contemplados seja repassada aos demais. “Isto manterá a plataforma útil e atualizada do ponto de vista tecnológico”.