A pequena Analu Paluni Kamayura Trumai, que foi enterrada viva pela bisavó no último dia 5 de maio, em Canarana (879 quilômetros de Cuiabá), recebeu alta da Santa Casa de Misericórdia em Cuiabá na tarde desta quarta-feira (11), após ficar 36 dias internada. A menina foi encaminhada para um abrigo em Canarana, após requerimento feito pelo Ministério Público Estadual (MPE).
De acordo com a assessora técnica da Santa Casa de Cuiabá, Érica Carvalho, a menina recebeu alta às 14h de hoje. Ela já respirava sem aparelho e se alimentava sem auxílio de sonda. Desde a última segunda-feira (9) a criança já poderia receber alta, mas o hospital aguardava algum posicionamento da Justiça sobre o destino da bebê.
Por meio da Promotoria de Justiça de Canarana, o Ministério Público Estadual (MPE) requereu nesta terça-feira (10), medida protetiva de acolhimento institucional da bebê. O MPE entende que a manutenção da menor em abrigo deve permanecer até que a situação de vulnerabilidade cesse, ou que sua genitora esteja em condições favoráveis, possibilitando assim o retorno ao convívio da família natural ou, subsidiariamente, a colocação em família substituta.
O Ministério Público também solicitou a realização de diligências pelo Conselho Tutelar, a fim de localizar o genitor, os avós paternos e demais parentes, que possuam eventual interesse em permanecer com a criança e, em caso positivo, a realização, em caráter de urgência, de estudo psicossocial no ambiente familiar.
O pai da menina já disse à Polícia Civil que tem interesse em ficar com a criança. A mãe de Analu, a adolescente de 15 anos, Maialla Paluni Kamayura Trumai, também havia dito ao delegado Deuel Paixão de Santana, que investiga o caso, que não sabia das intenções de sua mãe e sua avó e que quer ficar com sua filha.
Por enquanto Analu ficará em um abrigo em Canarana, aguardando alguma decisão da Justiça sobre a definição de quem será a guarda da criança.