Mato Grosso registrou 11 mortes por influenza de acordo com informe epidemiológico divulgado na última quinta-feira (19), pela Superintendência de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT). São dois casos a mais em relação ao boletim divulgado há 30 dias. Além disso, foram notificados em 2018, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Influenza Web, 339 casos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Mato Grosso, sendo 54 (15,9%) com resultados positivos para influenza A e B. Desses 339 casos, 11 evoluíram para óbito por influenza e 63 para a SRAG.
A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Ela protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS, (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). No Estado foram 850 mil doses distribuídas, e 772.959 aplicadas, que corresponde a 94% de cobertura vacinal.
Dados da pasta aponta que os óbitos por influenza ocorreram em Cuiabá (02), Nova Mutum (03), Sorriso (01), Tangará da Serra (01) e Várzea Grande (04). Além disso, já foram notificadas 63 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e outros 11 casos suspeitos de morte por influenza estão sendo investigados.
A sazonalidade começou no estado com a circulação do vírus Influenza A H3N2. Em seguida verificou-se o aumento do vírus da Influenza A H1N1pdm9, ou seja, o mesmo da pandemia de 2009.
Apesar da meta ter sido alcançada de forma geral entre a população prioritária, o grupo de gestantes e crianças - de seis meses a menores de cinco anos - continuam com cobertura vacinal contra a gripe de 77,8% e 76,5%, respectivamente. “Temos que continuar avançando, principalmente em gestantes e crianças. Esses públicos ainda podem procurar um posto e vacinar contra a gripe. Lembrem-se que vacinar, é proteger”, destacou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
Prevenção: lavagem das mãos com frequência, em especial ao retornar para casa, antes de preparar e/ou consumir qualquer alimento, antes de qualquer serviço, depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro utilizando sempre sabão, lavando inclusive os espaços entre os dedos e os pulsos, durante no mínimo uns 15 segundos, enxaguando abundantemente e secando com toalha limpa. Lavar também os brinquedos das crianças mesmo quando não estiverem visivelmente sujos; restringir contato de familiares portadores de doenças crônicas e gestantes com o doente; utilização de máscara pelo doente; evitar aglomerações de pessoas e ambientes fechados, em especial na época de epidemia; evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; evitar sair de casa enquanto estiver em período de transmissibilidade da doença (até 5 dias após o início dos sintomas); os grupos de riscos devem ser vacinados contra influenza para a prevenção da doença e suas consequências.
Influenza
A influenza é uma infecção viral aguda do trato respiratório, com elevada transmissibilidade, podendo ser contraída várias vezes ao longo da vida, podendo se manifestar de forma mais ou menos grave. Existem vários tipos e subtipos do vírus Influenza.
Contudo, apenas os vírus A e B causam doença com impacto significativo na saúde humana. A influenza ocorre durante todo o ano, mas é mais frequente nos meses do outono e do inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no sul e sudeste do país. No Estado do Mato Grosso ocorre a circulação de vírus da Influenza Sazonal A H3 e B.