Produtores rurais que utilizam caminhões para o transporte da produção reclamam das condições da MT-175, que fica na região do Chapadão do Rio Verde, em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. As más condições da estrada de terra danificam os veículos. Além dos buracos, são formados bancos de areia.
Ao longo da rodovia, tem mais de 70 mil hectares de plantio. No entanto, devido à estrada de terra, os buracos e a formação de bancos de areia dificultam o transporte de carga.
O caminhoneiro William dos Santos Guidi explicou que teve que dormir dentro do caminhão, após o pneu furar enquanto passava pela rodovia.
"Um pessoal que mora aqui perto nas fazendas vieram me ajudar. Não tem condições passar por essa estrada", disse.
A rodovia tem cerca de 100 km de extensão. Durante o período de escoamento de grãos, os caminhoneiros não utilizam a estrada por causa da precariedade da estrada.
O produtor de eucalipto Lorenzo Tiso está com o caminhão de reboque parado, porque não consegue transportar a carga pela rodovia.
"Para os consumidores fica mais difícil ainda. Eles não conseguem manter os prazos dos contratos", contou.
O comerciante Cleitomar de Paula, que mora em Araputanga, a 371 km de Cuiabá, revende o milho comprado dos armazéns, mas o estoque está baixo porque alguns caminhões deixaram de abastecer o local.
"Só está gerando prejuízo, porque precisamos comprar de outras empresas e o produto vai ficando mais caro", afirmou.
A Secretaria de Infraestrutura do Estado (Sinfra) informou que a manutenção da MT- 175 é de responsabilidade do município que recebe recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). A Sinfra disse também que não existe um projeto para asfaltar da estrada.