Pacientes esperam há dois anos para fazer o exame de mamografia, no município de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Cerca de duas mil mulheres aguardam na fila, para fazer a mamografia, no entanto, apenas 600 exames são realizados por mês.
A dona de casa Vanderly Santos Morais, que vendia pães e bolos para sustentar a família, explicou que não consegue mais produzir massas, pois quanto mais ela força o braço, o caroço que fica em seu peito aumenta.
"Não posso mais pegar peso e nem massa, porque força o caroço e aumenta ele", disse.
Varderly aguarda o resultado da mamografia, que foi realizado há um mês. A dona de casa ficou em uma fila de espera por quase dois anos, para poder fazer o exame.
"Fui no médico ginecologista e ele viu o meu exame, e disse que eu deveria ter acompanhamento de seis em seis meses", contou.
A seretária de Saúde do município, Izalba Albuquerque, explicou que a orientação para as pacientes que detectaram algum nódulo nos seios, é que elas tenham prioridade no agendamento.
"Todas as pacientes que tem algum nódulo nos seios, ou algum histórico na família, pode estar procurando a secretaria, que ela terá o agendamento prioritário", avaliou.
Na Associação dos Pacientes Oncológicos de Rondonópolis (APOR), são realizadas por mês entre 500 e 600 exames de mamografia, número insuficiente comparado a demanda. Cerca de duas mil mulheres aguardam na fila, para fazer o exame.
A Secretaria de saúde informou que está sendo realizado um convênio com a APOR, onde a meta será fazer 750 exames de mamografia mensalmente, durante cinco meses. Atualmente, os exames de mamografia são feitos pela Santa Casa e pela APOR, que recebem cerca de R$ 85 por procedimento regulamentado pelo Conselho Regional de Saúde.