“Ela está sendo bem cuidada e passa bem”, afirma Ayato Uikuikuro a respeito de Analu Paluni Kamayura Trumai, a bebê indígena que foi enterrada viva pela avó em junho. A criança ficou vários dias internada no hospital, mas já se recuperou e está em abrigo.
Ayato é vice-presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena e afirma que a bebê está saudável e recebe visitas da mãe todos os dias.
“Ela fica com a mãe durante o dia, é amamentada e recebe carinho”, comenta a liderança indígena.
Segundo Ayato, o caso da criança está sendo acompanhado de perto pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e pela Assistência Social da Casa da Saúde Indígena. O caso também é tratado pelo Ministério Público Estadual e Federal (MPE e MPF). Ainda não há decisão sobre o destino da menor. Uma parente havia manifestado interesse em adotar a bebê, mas a adoção não foi efetivada.
Entenda o caso
Analu foi resgatada por policiais depois de ter sido enterrada em cinco de junho por familiares. A bebê teria ficado cerca de seis horas debaixo da terra, o que lhe acarretou diversos problemas de saúde.
Por meio de investigação, foi constatado que a criança foi enterrada pela bisavó, porque a mãe é adolescente e o pai já esta com outra mulher. A bisavó da menina aguarda julgamento em liberdade, a Justiça Federal é a responsável pelo caso.