O secretário de Estado de Meio Ambiente, André Luis Torres Baby, foi preso na noite de terça, acusado de ter inserido dados falsos no sistema de regularização e monitoramento de propriedades rurais e instrumentalizados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para fraudar a fiscalização ambiental. O crime é previsto no artigo 312 do Código Penal. Além de participação em organização criminosa.
O CAR é um registro obrigatório para todas as propriedades rurais fornecido pela Sema de Mato Grosso e as fraudes teriam causado prejuízos ambientais da ordem de R$ 143,6 milhões ao Estado, segundo o MPE, que em 26 de agosto ofereceu denúncia à Justiça expondo o esquema.
Na manhã desta quarta (19), o secretário prestou depoimento no Ministério Público do Estado (MPE).
A prisão dele tinha sido decretada pelo desembargador Orlando Perri há uma semana, desde a deflagração da quarta fase da operação Polygonum.
Outro lado
Saindo da Polinter e indo para a oitiva com os promotores de justiça Marcelo Caetano Vacchiano e Joelson de Campos Maciel, Baby conversou com o e alegou inocência. “Eu sou inocente e vou provar isso, não tenho qualquer ligação com as pessoas que estão envolvidas nesse caso, tenho lisura em toda minha carreira pública, sou uma pessoa de família e estou aqui através do meu advogado para apresentar todos os documentos na Justiça, para provar minha inocência e prestar esclarecimentos necessários”.
O advogado de Baby, Antônio Horácio da Silva Neto, reforçou que o cliente não tem qualquer participação do esquema. “As acusações são falsas. Baby só mexeu duas vezes nesse sistema durante o treinamento”, assegura.