O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, afirmou que irá “brigar” por mais investimentos do Governo Federal na fronteira do Estado com a Bolívia para combater o tráfico de drogas.
Segundo Bustamante, o atual efetivo do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) não dá conta de combater sozinho os crimes na região.
"A fronteira é uma competência do Governo Federal. Se nós tivéssemos mais unidades da Polícia Federal, do Exército e uma base área que cuidasse dos aviões que passam por aqui carregados de drogas, melhoraria muito essa infraestrutura na fronteira e nós vamos brigar por isso”, disse.
Mato Grosso possui mais de 750 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia, área que abrange 29 municípios.
Atualmente, conforme o secretário, 110 policiais, sendo 105 militares e cinco civis, atuam no Grupo.
Além do tráfico de entorpecentes, esses homens ainda precisam lidar com tráfico de armas, munições, produtos contrabandeados, roubos de veículos e outros.
“Basicamente o Gefron é bem equipado. O problema do Gefron é que tem poucos homens. Nós temos aqui mais de 700 km de fronteira no Estado e apenas 100 homens para tomar conta disso. É inviável”, afirmou.
“Mas se não fosse o Gefron, a droga isolaria o nosso Estado e a quantidade de roubos de veículos aqui ficaria insuportável. Nossa ideia é essa parceria com o Governo Federal para que eles tomem conta da fronteira de forma efetiva", acrescentou.
Conforme Bustamente, o problema do Governo Federal é que muitas vezes ela dá o "cachimbo", mas não dá o "fumo".
“Ele [Governo Federal] dá o armamento, mas quem paga o policial a vida inteira sou eu. Então, a gente quer fazer uma troca boa: eu posso dar o fuzil e ele os homens, quem sabe. Enquanto a gente estiver no Governo vamos tentar fortalecer a fronteira com base no Governo Federal”, pontuou.