Marcella Marchett, esposa do deputado federal no fim de mandato Fabio Garcia (DEM), é alvo de especulações na Assembleia. Nomeada em cargo comissionado há pelo menos três anos, ela estaria ganhando R$ 13 mil de salário bruto, mas sem frequentar a secretaria de Serviços Legislativos, onde está lotada no cargo de supervisora legislativa de documentos.
No Portal Transparência da Assembleia, o nome de Marcella aparece como servidora desde janeiro de 2016, com salário inicial de R$ 11,5 mil. Em dezembro do ano passado – último mês disponível no site -, a servidora recebeu R$ 13,4 mil, além do 13º salário de R$ 12,4 mil. Nos bastidores a afirmação é de que a situação da esposa de Fabio deve ser investigada pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Por meio de uma nota vaga e sem explicar o que exatamente fazia na Assembleia e comprovar sua regularidade no trabalho, Marcella afirma que ficou em Mato Grosso, apesar de Fabio cumprir seu mandato em Brasília (DF). Ressalta que neste período desempenhou os trabalhos de apoio à Frente Parlamentar para o Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável dos municípios do Vale do Rio Cuiabá, “em estrito cumprimento à legislação vigente e as normas do cargo na Assembleia”. Por fim, diz que está à disposição dos órgãos competentes para esclarecimentos.
A frente citada por Marcella foi instalada em agosto de 2015, a pedido do deputado Eduardo Botelho (DEM), atual presidente da Assembleia e do mesmo grupo político de Fabio. Inicialmente, era composta pelos deputados Emanuel Pinheiro (MDB) – que virou prefeito de Cuiabá -, Guilherme Maluf (PSDB), Wilson Santos (PSDB) e Pery Taborelli (PSC) - que perdeu a vaga na AL.