O Setromat, sindicato que representa as empresas de transporte rodoviário de Mato Grosso, emitiu nota contrária ao edital da Sinfra para a contratação emergencial de 180 dias para o setor. O Setromat defende nova licitação e afirma que, da forma como o governo está fazendo, empresas vão quebrar em MT.
O sindicato diz que o edital emergêncial é precário, com regras inviáveis e inexeqüíveis. Afirma que o procedimento, caso tenha continuidade, conduzirá todas as empresas que atualmente atendem a população nos referidos trechos à insolvência, “com as consequentes demissões em massa de seus empregados, inadimplência e o desmantelamento de toda a estrutura empresarial de transporte” do Estado.
A nota critica o promotor Ezequiel Borges, da 6ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá. O Setromat acusa o promotor de "advogar" em favor de empresa baiana, a Viação Novo Horizonte, uma das três empresas do transporte intermunicipal no Estado desde 2012. O sindicato chama o MP de radical.
“Talvez seja esse o preço final a ser pago pelo injustificado radicalismo do MPE na exigência de um edital superado e flagrantemente inviável e inadequado para a realidade mato-grossense”, completa.
O sindicato faz um apelo público às autoridades para que suspendam os editais em curso e promovam audiências públicas ou formem uma câmara multissetorial composta por Sinfra, Ager, MPE, Assembleia e o Setromat, “para que todos juntos, e em prazo previamente definido, elaborem um projeto de transporte e edital que atenda aos interesses da sociedade mato-grossense e também assegure às empresas a viabilidade econômica para fazerem investimentos condizentes com uma prestação de serviços públicos de transporte coletivo de passageiros de qualidade e a preço justo”.