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MP denuncia investigador da PC que chamou conselheira de

Publicado em: 28/11/2019
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Policial é suspeito de maltratar pessoas que pediam apoio policial

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) denunciou por improbidade administrativa o investigador da Polícia Civil V.L.L. por adotar conduta não condizente com a função no atendimento ao público que procura a Delegacia de Pontes e Lacerda (445 km de Cuiabá). Consta na ação do MPMT que em três oportunidades o investigador foi motivo de queixas de pessoas que procuraram a delegacia para registrar boletins de ocorrência. 

Uma das pessoas, identificada como J.A.S., relatou que no dia 15 de dezembro de 2017 esteve na delegacia para registrar um B.O. Entretanto, o investigador se negou a confeccionar o documento, alegando “que não ia fazer o documento, para quem é analfabeto e cego”.

Outro caso ocorreu no dia 1º de dezembro de 2017, quando U.E.L. esteve na delegacia para registrar um B.O. Depois de esperar cerca de 40 minutos, a suposta vítima foi ao balcão de atendimento e perguntou ao investigador se poderia ser atendida.

Em resposta, ele disse: “e seu eu quiser tomar meu cafezinho e ir ao banheiro? Estou no meu direto”. Conforme relatado na denúncia do PMT, o caso ocorrido no dia 28 de novembro de 2016 envolveu duas conselheiras tutelares e a família de um adolescente que foram à delegacia registrar um boletim de ocorrência, a respeito de um fato que ocorreu dois dias antes.

O investigador teria se recusado a fazer o documento, alegando que a situação descrita não ocorreu em seu plantão. Ele, então, disse que as conselheiras e a família deveriam falar com o delegado.

Como o titular da DP não estava na delegacia naquele momento, o B.O. só foi registrado no dia seguinte. As conselheiras disseram ao MPMT que aquela não teria sido a primeira vez que membros do Conselho Tutelar enfrentaram problemas quando tentavam registrar os boletins com o investigador V.L.L.

Com base nos relatos das vítimas do mau atendimento, o MPMT analisou que não restava nenhuma dúvida que o investigador praticou atos que podem ser classificados como de improbidade administrativa. Diante dos fatos, o promotor de Justiça Paulo Alexandre Alba Colucci, concluiu que o investigador agiu com extrema má-fé nos episódios. “É fato incontroverso que V. realiza mau atendimento ao público com frequência, sendo que por muitas vezes é rude, arrogante e indiferente no trato de cidadãos e outras autoridades do município”, escreveu o promotor. Por isso, o MPMT pediu a condenação do investigador V.L.L. com base no artigo 12º da Lei nº 8.429/92, que trata dos atos de improbidade praticados por agentes públicos

Sobre as reclamações contra o servidor, a Assessoria informou que a Corregedoria da Polícia Judiciária Civil abriu duas sindicâncias administrativas para apurar a suposta conduta irregular do investigador V.L.L. Ele corre o risco de ser demitido do cargo após a tramitação do processo.

Folha Max






Fonte: Folha Max

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