Em Mato Grosso foram registrados mais de três mil casos de Aids no estado em quatro anos. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), os dados englobam os anos de 2016 a 2019. Do total, quase 400 gestantes foram infectadas pelo vírus HIV.
De acordo com Boletim Epidemiológico da Vigilância Epidemiológica do estado, o aumento nos casos foi na faixa etária de 20 a 39 anos de idade. O índice mostra que o maior nível de infecção foi no sexo masculino, com escolaridade fundamental incompleta.
No período de 2016 a 2019 houve o registro de 3.376 casos de Aids em adultos; no mesmo período, 397 gestantes foram infectadas pelo vírus HIV. Sugere-se que os casos aumentaram devido às notificações que possam estar relacionadas ao diagnóstico precoce e ao tratamento em tempo oportuno.
A SES disse que não deve realizar campanhas locais ou diretas à população no período de carnaval. Entretanto, foram distribuídas cerca de 2 milhões de preservativos aos 141 municípios do estado. A ação é para reforçar a prevenção de novos casos da Aids e do vírus HIV durante o carnaval.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Viviane Cardozo Modesto, orienta que a melhor forma de evitar o contágio é a prevenção. O foco da pasta neste momento é oferecer a testagem e os insumos de prevenção a toda população. A secretaria produziu apenas campanhas publicitárias veiculadas na mídia.
O índice mostrou o aumento da doença em relação à infecção em gestantes. Os dados do estado apresentaram aumento de detecção em mulheres mais jovens.
Como estratégia de tratamento, o governo busca aumentar a imunidade e diminuir a carga viral das pessoas infectadas com o vírus HIV ou com a doença.
O Unaids, programa das Nações Unidas, estima que em 2019, semanalmente, cerca de 6 mil jovens entre 15 a 24 anos foram infectados pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) no mundo. Cerca de 1,7 milhões são crianças, menores que 15 anos.
Os estudos e dados do programa global, estima que quase 2 milhões de pessoas no mundo não conhecem o próprio estado sorológico. Portanto podem estar convivendo com o vírus no organismo.
Cerca de 37,9 milhões de pessoas vivem com o vírus e 770 mil pessoas morrem em decorrência de doenças relacionadas à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), de acordo com dados estimados em 2018.
Folha Max.