Caso aconteceu no fim de semana em Pontes e Lacerda; exame vai identificar causa da morte
O pastor evangélico Kennedy Conceição da Costa Evangelista acusa o Hospital Santa Casa Vale do Guaporé, em Pontes e Lacerda (a 445 km de Cuiabá), de negligência, após a morte do filho recém-nascido.
No domingo (19) ele registrou um boletim de ocorrência contra a unidade médica.
O corpo do bebê foi entregue aos pais com um curativo no pescoço. Quando retiraram a bandagem, eles descobriram um corte extenso e já suturado, fato que não havia sido comunicado pelo hospital até então, segundo os pais.
Ainda conforme o pastor, o filho nasceu com vida no sábado (18), por volta de 23h30, e morreu horas depois. No entanto, o hospital alega que o bebê já estava sem vida na hora do parto.
Segundo apurou a reportagem, a mãe entrou em trabalho de parto no sábado e foi atendida por três médicos na unidade de saúde: a obstetra, o pediatra e o anestesista. E que após o parto, os profissionais comunicaram que a criança havia nascido morta.
Um vídeo mostra a criança sendo foi entregue para os pais, já vestido com um macacão azul, sem que seja possível ver o ferimento.
Os parentes então abrem a roupa e identificam que há um curativo no pescoço da criança. Ao remover a gaze, encontraram um corte longo, já costurado.
Para a redação, o pastor afirmou que está muito abalado ainda, e somente explicou que o corpo do filho passará por exames necropsiais, que dirão a real causa da morte.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Cáceres, onde está sendo submetido à autópsia.
Um inquérito policial foi instaurado na Delegacia de Pontes e Lacerda para apurar o caso. As investigações estão em fase inicial e as testemunhas ainda serão ouvidas no decorrer da semana.
Outro lado
O diretor-presidente do hospital, José Paulo Araujo Adriano, afirmou a redação que não poderia falar pelos médicos, mas disse que entraria em contato com a equipe para saber se haveria um posicionamento.
“A paciente, até o levantamento que fiz, foi assistida por três profissionais médicos, a obstetra, o pediatra e o anestesista quando entrou m trabalho de parto. Eu não posso falar sobre os médicos, então acho que a melhor coisa que tem a fazer neste momento é alinhar com os profissionais e eles falarem o que aconteceu. Uma história sempre tem duas versões, então é legal a gente ouvir e não agir no calor da emoção, agir em cima da razão e dos fatos”, explicou.
Até o final da reportagem, ninguém da unidade de saúde se pronunciou sobre o caso.
FONTE: JAD LARANJEIRA E VITÓRIA GOMES DA REDAÇÃO DO SITE MÍDIA NEWS