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Setembro é o mês com mais queimadas na história no Pantanal

Publicado em: 01/10/2020
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De acordo com dados do programa Queimadas, do Inpe, foram registrados 8.106 focos de incêndio no Pantanal mato-grossense no mês passado

Setembro foi o mês com mais queimadas na história no Pantanal mato-grossense, desde que os dados começaram a ser registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998. De acordo com dados do programa Queimadas, do instituto, foram registrados 5.859 focos de calor no mês passado. Em comparação com setembro de 2019, quando foram 800 focos de calor no Pantanal em MT, o crescimento foi de 632%.

Ainda faltando três meses para terminar, 2020 também já é o ano com o maior número de queimadas no Pantanal. De 1º de janeiro até 30 de setembro, foram 11.284, contra 1.147 no mesmo período do ano passado, ou seja, 883% a mais.

O maior número que havia sido registrado pelo instituto foi em 2010, quando a região teve 4.119 de janeiro a setembro. O aumento é de 273%.

O Pantanal enfrenta a pior seca dos últimos 60 anos. As chamas já comprometeram áreas de conservação e habitat de vários animais, como araras e onças.

Em uma entrevista concedida para o #repórtermt nesta semana, a pesquisadora Dra. Cátia Nunes, do Centro de Pesquisa do Pantanal, contou que as queimadas podem impactar negativamente na sobrevivência da fauna e flora da região por até 50 anos. “O Pantanal tem bastante resiliência, tem capacidade de retornar ao seu estágio em poucos anos, mas em sua totalidade ele vai levar em torno de 50 anos para demonstrar sua saúde”.

Ela citou casos como da arara azul que, assim, como muitos animais do Pantanal que tinham saído da extinção, podem novamente estar comprometidos e as espécies mais sensíveis que podem mesmo desaparecer, principalmente devido à grande escassez de água e alimentos depois dos incêndios. Até todo o bioma se recuperar totalmente, a fauna e flora vão sofrer.

 

Fonte: Repórter MT

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