Pazuello afirmou que devem ser disponibilizadas nos próximos dias 8 milhões de doses das vacinas de Oxford e CoronaVac.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantiu pela primeira vez, nesta quarta-feira (13), que o Brasil começará o plano de vacinação contra covid-19 ainda em janeiro.
"Vamos vacinar em janeiro", afirmou durante pronunciamento em Manaus (AM), ao destacar que serão usadas 8 milhões de doses dos imunizantes desenvolvidos pela Universidade de Oxford/AstraZenca e pelo Instituto Butantan/Sinovac.
Pazuello acrescentou que "a vacina será distribuída simultaneamente em todos os estados na sua proporção de população".
O ministério já tem à disposição 6 milhões de doses da CoronaVac. Além disso, aguarda a chegada de 2 milhões de doses da vacina de Oxford importadas de um fornecedor da AstraZeneca na Índia, o que, segundo Pazuello, deve também ocorrer nos próximos dias.
"Hoje decola o avião para ir buscar as 2 milhões de doses na Índia. É o tempo de viajar e trazer. Já está com documento de exportação pronto. Data de decolagem [da Índia ao Brasil] para o dia 16", afirmou. O avião da empresa aérea Azul decola de Recife.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) marcou para domingo (17) a reunião da Diretoria Colegiada para dar os pareceres sobre os pedidos de uso emergencial desses lotes das duas vacinas.
O titular da Saúde voltou a dizer que "em três ou quatro dias" após a liberação da agência reguladora, as vacinas estarão nos Estados. Desta forma, se não houver atrasos da Anvisa, é possível que a imunização tenha início na semana que vem.
"São 8 milhões de doses em janeiro. Em uma pernada, somos o país que mais imuniza no mundo, em janeiro. Sem contar, fevereiro, março, abril, maio, junho... que entram as grande quantidades de vacina. Nós somos o país que mais imuniza no mundo, sempre fomos. Temos o maior programa de imunização do mundo", destacou Pazuello.
Entre o que será produzido pela Fiocruz (vacina de Oxford) e pelo Instituto Butatan, o Brasil prevê até o fim do ano 354 milhões de doses de imunizantes contra covid-19.
Índia
Após o anúncio do ministro, a companhia aérea Azul detalhou como será a operação para o transporte das doses entre a Índia e o Brasil, em um percurso de 12.000 km.
Um Airbus A330neo decola na noite de quinta-feira (14) — e não hoje, como disse Pazuello — do Recife para a cidade indiana de Mumbai. A previsão é de um voo direto de 15 horas.
A carga de 15 toneladas será embarcada no sábado (16), mesmo dia em que a aeronave retorna ao Brasil. O horário estimado do pouso no aeroporto internacional do Galeão é às 15h.
De lá, as vacinas serão levadas para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fiocruz, a cerca de 11 km do aeroporto.