Ministério Público Eleitoral está investigando uma beneficiária do Bolsa Família, moradora de Araputanga (a 371 KM de Cuiabá) por fazer doações de campanha no valor de R$ 4 mil.
A portaria que instaura a investigação é assinada pelo promotor eleitoral, Emanuel Filartiga Escalante Ribeiro, que entendeu que a mulher não teria renda suficiente para doar aos candidatos, já que recebe o beneficio do Governo Federal.
Em cruzamento de dados, o MPE constatou que ela doou R$ 2 mil para o candidato a prefeito de Araputanga Idílio da Silva Neto (PSB) e R$ 2 mil para a candidata a vereadora Lindocréia dos Pires de Camargo, a Cleo Camargo (SD), totalizando R$ 4 mil.
O candidato majoritário ficou em quarto lugar entre cinco candidatos. Entretanto, Cleo Camargo foi eleita.
“Considerando que a doação de quantia acima dos limites legais sujeita o infrator ao pagamento de multa no valor de até 100% (cem por cento) da quantia em excesso (art. 23, § 3º, da Lei nº 9.504/97 e art. 29, § 3º, da Resolução TSE nº 23.553/2017), além de poder resultar em inelegibilidade (art. 1º, inciso I, alínea “p”, da LC 64/90)”, diz trecho da portaria.
A portaria determina que a beneficiária do Bolsa Família tem prazo de cinco dias para apresentar defesa e comprovar a legalidade das doações feitas nas eleições de 2020. Além disso, deve comprovar sua capacidade financeira para arcar com o valor das doações.
TVCO - PONTES E LACERDA