Conforme o comunicado, ele se dedicará na construção da defesa.
O presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), Marcos Catão Dornelas Vilaça, denunciado por uma ex-servidora da pasta por assédio sexual, informou, em nota, que solicitou o afastamento do cargo nesta segunda-feira (18).
“Para evitar maiores desgastes à instituição ao qual presto serviços há 27 anos, solicitei meu afastamento da presidência”, diz.
Conforme o comunicado, ele se dedicará na construção da defesa.
“Confio nos órgãos de investigação e na Justiça, que certamente vão apurar e julgar os fatos de forma independente e imparcial”, ressalta.Antes do anúncio de Marcos Catão, cerca de 50 mulheres que fazem parte do movimento “Até Quando?” realizaram uma manifestação contra a atitude do governo estadual em manter no cargo o presidente do Indea.
A manifestação surgiu do grupo “Mulheres MT”, e conta também com uma série de vídeos com o tema “Até quando?”.
O caso
A vítima, de 19 anos, hoje ex-servidora do estado, atuou como assessora do presidente por sete meses. Um boletim de ocorrência foi registrado no dia 16 de novembro na Polícia Civil de Cuiabá, que investiga o caso.
De acordo com a vítima, ela era responsável por auxiliar o presidente, servir café e outras atividades da função dela.
No dia 12 de novembro, a ex-assessora relatou que entrou na sala do presidente para repor garrafas de água e que passou a ser assediada. Catão teria dito que ‘ela não precisava ficar de máscara na sala’.
Em seguida ele teria massageado o órgão sexual dele sobre a calça, olhando para a vítima.
A jovem relatou, em depoimento, que ficou em choque, mas mesmo assim trabalhou no dia seguinte. Ela decidiu contar sobre o episódio à família dela, que a aconselhou a pedir desligamento do Indea e registrar boletim de ocorrência.
A exoneração da servidora foi feita no dia 16 de novembro e publicada no dia 24 de novembro no Diário Oficial do Estado (DOE).