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Mulher de PM atropelado relata revolta por causador de acidente estar solto

Publicado em: 19/01/2021
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Em conversa com o RepórterMT, a também Policial Militar e esposa de Claudecy Conceição da Costa, 35 anos, Suely da Costa Mendonça, 34 anos, contou como foram os instantes seguintes ao acidente, como tem passado os dias com o marido no hospital e o sentimento de revolta ao saber que Pedro Henrique Maciel Campos, 27 anos (causador do acidente), está em casa, enquanto o marido segue internado gravemente ferido.

A Família do soldado da Polícia Militar tem passado por momentos difíceis desde o último domingo (10), quando o PM foi atropelado por um Nissan March e teve a perna dilacerada. Desde a internação, primeiro no Hospital São Mateus e depois transferido para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), o militar já passou por duas cirurgias e segue internado na unidade de saúde, se recuperando com tratamento à base de antibióticos.

Pedro, que conduzia o Nissan, estava bêbado e foi flagrado jogando uma garrafa de bebida debaixo do carro dele após causar o acidente e ser impedido de fugir por populares que testemunharam todos os fatos.

“Foi assustador, quando eu senti o baque no carro eu logo desci do veículo e já pensei no pior. Pensei que tinha perdido meu filho, que tinham matado meu marido, foi assustador mesmo, aterrorizante”, disse Suely.

Claudecy foi atropelado no momento em que ajeitava o filho na cadeirinha no banco de trás do carro da família, no momento em que o March passou pela rua desgovernado, atravessou a pista, atingiu o policial, e depois atravessou a via de novo, parando à frente.

O teste de alcoolemia, o qual Pedro foi submetido, registrou marca de 0,42 mg/l.

Instantes antes do ‘acidente’, a família deixava o Shopping 3 Américas, onde passou rapidamente para comprar um presente, já que estava a caminho de um aniversário.

“Era para ser um domingo de aniversário, comer docinho, cachorro quente, em família, mas acabou em tragédia”.

Suely tinha acabado de entrar no banco do carona, enquanto o marido fechava o cinto de segurança para prender o filho na cadeirinha quando o acidente aconteceu.

“A pancada foi tão grande que na hora que ei saí [do carro] meu marido já estava com a perna dilacerada embaixo do carro, meu filho caído dentro do carro. Graças a Deus meu filho não se machucou, mas infelizmente meu marido quase perdeu a perna”.

Sobre a recuperação do policial, Suely contou que “com a graça de Deus a recuperação dele está sendo boa, já consegue ficar em pé, com ajuda, tomou banho. A cada dia tá melhorando mais”.

Sobre o momento em si, Suely deu detalhes dos acontecimentos e do sentimento de desespero ao pensar que tinha perdido a família.

“Querendo ou não eu fui a mais protegida, embora eu quase tenha batido a cabeça na frente do carro, pois, foi uma pancada bem violenta. Quando eu desci a primeira coisa que eu fiz foi ver se ele estava vivo. Eu estava com a minha bolsa e ele pediu para tirar a arma da cintura dele, então guardei na bolsa dentro do carro para socorrer ele. Quando voltei percebi que o Pedro Henrique ia fugir, minha intenção foi ir atrás dele, mas meu marido me chamou, falou para deixar e pediu para ligar para o Samu, foi o que eu fiz. Nesse momento, por Deus, chegaram várias pessoas e detiveram ele [Pedro], foi quando ele jogou a garrafa debaixo do carro”.

Daquele momento, ela diz se lembrar de tentar fazer tudo ao mesmo tempo e se sentir impotente ao mesmo tempo. Ficou do lado do marido, enquanto o Samu chegava, tentando o acalmar, já que sentia muitas dores devido ao ferimento.

As primeiras informações foram de uma fratura exposta, no entanto, na unidade de saúde foi verificado que o osso da perna não chegou a fraturar. O que aconteceu foi um corte tão grande e profundo que deixou o osso a mostra.

Nessa quinta-feira (14), Claudeci passou pela segunda cirurgia para debridar ao ferimento, fazer uma limpeza para que acelere no processo de cicatrização. Sobre uma possível alta da unidade de saúde, Suely disse que não há previsão, pois, Claudecy está sento tratado com antibióticos e só após a suspensão do medicamento os médicos podem prever a saída do hospital.

Pedro foi preso em flagrante na noite do acidente e encaminhado à delegacia, onde ficou detido até a tarde da segunda-feira (11), quando passou por audiência de custódia e foi liberado pela juíza, porém sob a imposição de medidas cautelares.

Entre as medidas, a magistrada determinou fiança no valor de R$ 3.135, parcelado de 3x, e ainda que o motorista deveria prestar assistência ao soldado, porém, já se passaram as 72 horas e o réu não tinha feito contato com a esposa da vítima.

“Acho que não poderia ter sido mais fácil. Uma coisa tão grave ter sido vista de uma forma tão banal. Em palavras eu não consigo expressar o que senti quando descobri a sentença de tão absurdo”, desabafou Suely.

Caso Pedro não cumpra a determinação no prazo concedido, 72 horas, o advogado da família do soldado vai comunicar o fato à Justiça e pedir revogação da liberdade provisória.

“Querendo ou não, a recuperação do meu marido vai ser lenta, vai precisar de fisioterapia, medicação. Mesmo que inicialmente ele [Pedro] não nos procure vamos arcar com tudo e depois passar a conta, mesmo que na justiça, foi ele o causador disso tudo. Em nenhum momento teve consciência do que ele fez, ele ia fugir”, finalizou

Fonte: Repórter MT

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