Jefferson Rodrigues da Silva, assassino confesso da empresária Rosimeire Soares Perin, de 56 anos, relatou em depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) o motivo e detalhes de como executou a vítima na última terça-feira (16), em Várzea Grande.
O assassino iniciou explicando que comprou a máquina de sorvete da empresária por R$ 7 mil. No entanto, ainda no ano de 2020, o equipamento precisou de manutenção, serviço prestado pela vítima no valor de R$ 2,1 mil.
Desse total, o acusado ficou devendo R$ 850. Desse valor foram acrescentados mais R$ 550 em produtos adquiridos para a rotina de trabalho com a máquina, somando a dívida de R$ 1.400 devidos desde novembro passado.
No dia dos fatos, Rosimeire estava na casa do ‘cliente’ fazendo manutenção na máquina de sorvete. Enquanto trabalhava, a vítima puxou o assunto e cobrou Jefferson.
Nesse momento, o assassino atacou a empresária por trás com uma ‘gravata’ até que ela caísse inconsciente. Em seguida, Jefferson ‘amarrou’ Rosimeire com fitas adesivas e amordaçou com uma meia.
Tempo depois, a vítima acordou e o agressor teria entrado em desespero pelo que havia feito. Então, se armou com uma faca e deu três golpes no pescoço da empresária.
No depoimento, Jefferson relatou que matou a vítima por medo de ser denunciado à polícia e, consequentemente, voltar à prisão, onde já cumpriu pena por crimes de roubo e estupro.
Na noite daquele dia, com ajuda do faccionado do Comando Vermelho (CV), Pedro Paulo de Arruda, ele enrolou o cadáver em um saco plástico, seguido de um cobertor e desovou em uma região de mata da Passagem da Conceição, em VG.
Pedro também foi preso, na noite de quinta-feira, com 16 kg de cal. O faccionado admitiu ter participado do crime e afirmou que iria usar o material químico para mascarar o cheiro do corpo e acelerar o processo de decomposição.
O criminoso foi detido em casa, no bairro São Mateus, em Várzea Grande.