Aneuza Pinto Ponoceno, mãe adotiva da criança, detalhou também que Maria Vitória, de 2 anos, era o obrigada a ‘desfilar’ nua e rebolar.
A menina Maria Vitória Lopes dos Santos, 2 anos e 7 meses, que morreu na segunda-feira (08) no Pronto-Socorro de Várzea Grande, após ser vítima de maus-tratos pelos pais, em Poconé (104 km de Cuiabá), apanhava com corda de curral, além de sofrer outras agressões e até mesmo privação de alimentação.
Aneuza Pinto Ponoceno, mãe da criança, detalhou o que a menina sofria enquanto morava com ela e seu marido Francisco Lopes da Silva. A menor ainda era obrigada a ‘desfilar’ nua e rebolar para “satisfazer a lascívia repugnante de Francisco”.
A mulher também revelou que a criança era estuprada pelo menos duas vezes na semana, onde ela chorava de dor e gritava: “Não, não, dói, dói”.
Ela ainda admitiu que há dois meses teria observado que o ânus da criança estava bastante machucado e alargado. Além disso, após os estupros, era encontrado sangue na frauda da menina.
Os policiais também tiveram acesso aos celulares de Aneuza e Francisco, onde encontraram vídeos que demonstraram a tortura sofrida pela criança.
Segundo a investigação conduzida pelo delegado Maurício Maciel, a guarda provisória da criança estava com o tio paterno e sua esposa há cerca de cinco meses. O casal morava em um sítio com a menina, na região rural de Poconé.
Os dois vão responder por homicídio qualificado maus tratos, estupro de vulnerável e tortura. Ambos continuam presos.