Fernando Veríssimo de Carvalho, de 30 anos, matou a namorada, Beatriz Milano, de 23 anos, com uma pancada na cabeça.
O médico Fernando Veríssimo de Carvalho, de 30 anos, foi condenado a 41 anos e oito meses de prisão pela morte da namorada dele, Beatriz Nuala Soares Milano, de 23 anos, que estava grávida. O crime aconteceu em Rondonópolis (MT) em 2018.
Fernando foi condenado pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado e aborto sem consentimento da vítima. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele.
Beatriz estava grávida de 5 meses e foi encontrada morta na casa onde o casal morava, no Bairro Vila Aurora, em Rondonópolis, em 2018. Segundo informações da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), a mulher teria levado uma pancada na cabeça e sofreu traumatismo craniano.
Fernando foi preso em Ribeirão Preto (SP), depois de fugir e ser localizado na casa dos pais, no dia 19 de dezembro de 2018. Em seguida, foi transferido para Rondonópolis, onde ficou preso aguardando o julgamento.
O júri popular foi nessa quarta-feira (10) e durou cerca de dez horas. O médico vai cumprir a pena em regime fechado.
O julgamento de Fernando estava previsto para o dia 20 de setembro, mas o júri teve que ser interrompido e remarcado para essa quarta, porque o advogado do réu colocou o assistente de defesa também como testemunha, o que não é permitido.
O crime
O médico acionou a Polícia Militar na manhã do dia 24 de novembro de 2018, afirmando que havia encontrado a mulher morta no quarto da casa onde moravam. Beatriz havia sofrido agressões na região da cabeça.
Em depoimento à Polícia Civil, ele contou que saiu para jantar com Beatriz na noite anterior e retornou para casa por volta de 23h e que, ao chegar em casa, a mulher foi para o quarto e ele permaneceu na sala, ingerindo bebida alcoólica.
Fernando disse ainda que dormiu no sofá da sala e que por volta de 3h acordou e foi até o quarto do casal, onde encontrou a mulher morta. Ele afirmou que ninguém esteve na casa durante a madrugada.
Em entrevista à imprensa à época, Carvalho negou ser o autor do crime, afirmando que o casal vivia junto há 10 meses e que, na noite anterior, havia pedido Beatriz em casamento.