O quarto envolvido no homicídio do jovem João Gabriel Silva de Jesus, 20 anos, em dezembro de 2018, em Várzea Grande, foi preso neste fim de semana pela Polícia Civil em São José dos Quatro Marcos.
D.P.F., de 24 anos, e seus comparsas, D. O. Silva , K. J. de S. e L. M. M., que foram presos em setembro deste ano, são acusados de participar da execução do jovem. A crueldade do crime foi tanto, que há relato que os criminosos arrancaram às vísceras do rival durante sessão de tortura.
Em outubro, o inquérito sobre o crime foi concluído e sete pessoas indiciadas por homicídio qualificado (motivo torpe, mediante crueldade e recurso que impossibilitou a defesa e à traição ou emboscada). João Gabriel Silva teve a morte decretada por uma facção criminosa porque supostamente seria um informante da polícia.
A vítima foi atraída até uma casa no Jardim Eldorado, em Várzea Grande, em dezembro de 2018, onde foi julgado no ‘tribunal do crime’ por supostamente ser informante da polícia e denunciar ações criminosas ocorridas no bairro.
Conforma a investigação conduzida pelo delegado Caio Fernando, no celular da vítima, os investigados teriam identificado que João Victor seria um informante e decidiram, então, executá-lo. O rapaz foi torturado, espancado e depois atingido por disparos de arma de fogo.
Ele também sofreu lesões no pescoço e no crânio, teve o abdômen dilacerado, o que causou a exposição das vísceras, e uma das mãos amputadas.
O corpo foi desovado em um terreno baldio no bairro Parque Paiaguás, na região do São Mateus, onde foi localizado no dia 21 de dezembro de 2018, em decomposição, três dias após o desaparecimento de João Victor ser registrado.
As diligências efetuadas pela DHPP, que reuniram dezenas de relatórios, oitivas, checagem de dados, laudos de necropsia e balística, chegaram à identificação de quatro envolvidos diretamente na execução, para atrair e levar a vítima até a cena do crime e na execução do homicídio.
Outras pessoas também atuaram indiretamente com ações acessórias que incluíram a remoção do corpo da casa para levar até o local onde foi desovado, o sumiço da motocicleta usada pela vítima e também aqueles que cuidaram, entre outros detalhes, para dar fim aos veículos utilizados no crime.
“Foi um crime chocante, executado para demostrar força e medo e passar um sentimento de poder em relação aos executores. Mas, a atuação da Polícia Civil conseguiu, por meio de um trabalho minucioso, levantar e identificar os envolvidos no crime”, comentou o delegado Caio Albuquerque, que conduziu a investigação.
No dia 29 de setembro deste ano, dois executores diretos do homicídio foram presos. Um deles é a pessoa que atraiu a vítima para a casa onde ocorreu o crime e trouxe o celular de João Victor para ser vistoriado por outro criminoso, que teria uma função mais importante no grupo criminoso, e determinou a morte da vítima.
Todos os envolvidos no homicídio têm passagens criminais.