A decisão pelo fim do movimento foi tomada em assembleia realizada nesta sexta-feira (11).
O Sindicato dos Policiais Penais de Mato Grosso (Sindspen) decidiu encerrar a greve da categoria iniciada no dia 16 de dezembro de 2021 e suspensa desde o dia 5 de janeiro de 2022. Segundo os representes da categoria, as negociações com o governo continuaram.
O fim do movimento foi aprovado em Assembleia Geral da categoria realizada nesta sexta-feira (11).
Segundo o sindicato, o a decisão foi tomada em conjunto com os servidores e atende uma necessidade para realização da próxima reunião com o governo de Mato Grosso.
O Sindspen disse que haverá uma nova rodada de negociação com o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, no dia 8 de março. "A única coisa certa é que vamos lutar até o fim pela nossa valorização e pela aceitação das nossas reivindicações", disse o presidente do Sindispen, Amaury Neves.
A categoria conta com cerca de 2,8 mil servidores, lotados em 46 unidades prisionais, segundo o sindicato.
Os servidores pedem recomposição salarial e equiparação com salário das demais forças de segurança do estado.
Greve judicializada
No início do movimento chegaram a impedir o recebimento de detentos nas unidades prisionais. O governo chegou a judicializar a greve, mas as sucessivas decisões da Justiça não foram suficientes para por fim ao movimento dos servidores.
Vinte e seis presos fugiram de presídios de Mato grosso em sete fugas registradas no estado entre os dias 1° e 20 deste mês, durante a greve do policiais penais. Equipes da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) trabalham para tentar recapturar detentos que continuam foragidos.
Uma investigação da Controladoria Geral do Estado (GCE) apura indícios de descumprimento de tarefas essenciais por policiais penais de Mato Grosso, o que poderia acarretar em uma onda de fugas recentes nas unidades do sistema prisional.
G1 MT