O concurso da Segurança Pública de Mato Grosso, realizado no último domingo (20.02), é
alvo de várias denúncias nas redes sociais. E com base nestas denúncias, a deputada
estadual Janaina Riva (MDB), em ofício dirigido ao secretário-chefe da Casa Civil do Estado,
Mauro Carvalho, solicitou abertura de investigação e, se comprovada as irregularidades, a
devida anulação do certame.
Consta do ofício que a deputada tem recebido inúmeras denúncias de irregularidades no
concurso da Segurança Pública (Edital 01/2022/SESP/PIC/MT), com relatos de uso de
celular, falta de detectores de metais, fotos de cartão de respostas circulando no WhatsApp,
candidatos ingressando no local de prova após o horário, entre outras.
Janaina Riva cita que o Ministério Público já está analisando mais de 30 denúncias, e afirma
que as denúncias precisam ser investigadas em respeito aos mais de 66 mil candidatos que
estudaram e se dedicaram.
Segundo a deputada, foram aportadas ao seu gabinete as seguintes irregularidades:
pagamento realizado sem identificação no Sistema, incorrendo na exclusão indevida de
candidato na lista de divulgação do local de prova; candidato que efetuou pagamento e não
for permitido realizar a prova, sobre a justificativa de limitação de idade; problema de
identificação de candidatos na prova (ausência de coletor de digitais); uso de equipamentos
eletrônicos em sala e no banheiro. Inexistência de fiscalização para o porte indevido de
equipamentos eletrônicos; prisão de um cidadão na cidade de Cáceres, por suspeita de estar
realizando a prova no lugar de candidato inscrito e fotos circulando nas redes sociais de
imagens de sala aula.
“Tais situações não podem ficar sem a devida apuração e punibilidade diante da seriedade
que pesa sobre o contratante da realização do concurso. Assim deve ser observado à banca
e ao contratante que deveria ter atentado as condições de segurança e fiscalização para dar
credibilidade ao concurso e ao Estado de Mato Grosso” ressalta no ofício.
Para a deputada, é “imprescindível que sejam tomadas as providências necessárias para dar
legitimidade ao certame ou caso sejam comprovadas as reclamações, a consequente
anulação do certame e marcação de nova data para avaliação dos candidatos, preservando a
segurança jurídica e primando pela aprovação licita dos candidatos”.
TVCO - PONTES E LACERDA