A prova do vestibular da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), que seria aplicada no próximo domingo (5), foi suspensa após a greve deflagrada pelos servidores estaduais. Segundo a assessoria da Unemat, a nova data só será definida depois do retorno dos servidores da instituição.Aproximadamente 28 categorias começaram a greve por tempo indeterminado a partir de terça-feira (31).
A Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Adunemat) e o Sindicato dos Técnicos da Educação Superior da Universidade de Mato Grosso (Sintesmat) aderiram à mobilização dos demais servidores estaduais. A reivindicação da categoria é que o governo pague a recomposição salarial da inflação de 2015, que é de 11,28%. O estado afirma que não tem dinheiro em caixa para pagar a Revisão Geral Anual (RGA).
Segundo a Unemat, 14.860 candidatos se inscreveram no vestibular seja. A greve na instituição atinge os campi de Alta Floresta, Alto Araguaia, Barra do Bugres, Cáceres, Colíder, Diamantino, Juara, Luciana, Nova Mutum, Nova Xavantina, Pontes e Lacerda, Sino e Tangará da Serra.
Segundo o presidente do Sintesmat, Luiz Wanderlei dos Santos, os técnicos fazem mobilizações em cada campus da Unemat. “Atualmente somos em 680 técnicos. Eles foram até as unidades, mas não estão trabalhando. Estamos com a pauta única para reivindicar o pagamento da RGA”, declarou o presidente. Conforme a categoria, as aulas e o trabalho nas instituições foram suspensas.
“A greve foi decidida pela maioria dos professores em assembleia. Inclusive, os aluno – que estão sem aula – foram solidários à causa. Temos mais de 1,2 mil professores em todas as unidades”, declarou o presidente da Adunemat, Luiz Jorge Brasilino da Silva.
Greve
A greve dos servidores públicos totaliza 28 categorias do estado, segundo balanço inicial do Fórum Sindical. A paralisação afeta, entre outros, setores essenciais como Educação, Saúde e Segurança, sendo que esses dois últimos estão mantendo os trabalhos em situações emergenciais. O movimento grevista pede o pagamento integral da recomposição da inflação de 11,28% em relação a 2015.
Na segunda-feira (30), o governo apresentou proposta de pagamento de 5% da Revisão Geral Anual em duas parcelas, sendo a primeira de 2% em setembro e a segunda, de 3%, em janeiro de 2017. A proposta foi rejeitada pelo Fórum Sindical, o qual representa 33 categorias do funcionalismo público do estado.