Vinte e oito novos casos de microcefalia foram confirmados em Mato Grosso pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (1), por apresentar alterações típicas que identificam infecções congênitas.
De acordo com o Protocolo da Vigilância do Ministério da Saúde, 240 casos foram notificados nas últimas semanas. No total, 120 foram descartados após reavaliação em consulta médica do perímetro encefálico junto à curva de desenvolvimento infantil estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os casos notificados de microcefalia estão distribuídos em 40 municípios de Mato Grosso.
A orientação da Secretaria de Estado de Saúde é para que os municípios investiguem os casos para confirmação e intensifiquem o acompanhamento dos casos pela atenção à saúde.
NOTIFICAÇÃO
A equipe da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde esclarece que utiliza as definições vigentes no Protocolo do Ministério da Saúde para confirmar ou descartar os casos suspeitos. O Ministério da Saúde considera um caso confirmado após análise clínica radiológica e/ou laboratorial.
De acordo com o protocolo, a investigação da causa da microcefalia é realizada somente nos casos notificados que apresentem características clínicas e/ou laboratoriais sugestivas de infecção congênita, para a identificação da infecção pelo vírus zika, entre outros agentes infecciosos.
A medida do perímetro cefálico em recém-nascidos para considerar a doença passou de 32 cm para 31,9 cm em meninos e 31,5 cm em meninas. Em dezembro, o parâmetro para diagnóstico da doença já havia diminuído, passando de 33 cm para 32 cm. As alterações têm como objetivo padronizar as referências para todos os países, valendo para bebês nascidos com 37 ou mais semanas de gestação.