O pai da bebê indígena, que foi resgatada depois de ser enterrada viva pela família em Canarana, a 838 km de Cuiabá, foi ouvido pela Polícia Civil. Ele afirmou em depoimento que não sabia da gravidez e que quer ficar com a filha.
A recém-nascida foi encontrada por policiais e passou seis horas debaixo da terra. Ela teve alta nessa segunda-feira (9) e já pode deixar o hospital. A bebê estava internada desde o dia 6 de junho numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.
O hospital, entretanto, aguarda um posicionamento da Promotoria de Justiça para encaminhar a menina.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Deuel Paixão Santana, o pai da criança é um indígena da etnia Trumai.
Ele foi localizado pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e levado à delegacia durante a investigação.
“Ele disse que não sabia de nada e nem da gravidez. Disse que só soube pela mídia. Também declarou que tem interesse em criar o bebê”, afirmou o delegado ao G1.
O pai, que é maior de idade, mora em uma aldeia em Gaúcha do Norte, a 595 km de Cuiabá. A mãe da criança, uma adolescente de 15 anos, se relacionou com o rapaz.
“Ele disse que teve um relacionamento rápido com a mãe da criança e que logo depois disso se casou com outra indígena. Ele não tem filhos, mas teve esse relacionamento logo depois”, comentou o delegado.
Em junho, a mãe da menina também foi ouvida e disse que pretende ficar com a menina.