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Especialistas alertam para a 3ª onda da covid após afrouxamento de restrições em vários municípios

Publicado em: 11/05/2021
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Afrouxamento das medidas de restrições contra o coronavírus (covid-19) associado à falta de conscientização da população, variantes do vírus e lentidão na imunização podem levar Mato Grosso a enfrentar uma 3ª onda da pandemia. Especialistas afirmam que após uma quarentena mais rígida, o ideal é um planejamento em rede entre os gestores para a retomada gradativa da circulação de pessoas, com objetivo de evitar que as altas estatísticas se tornem um cenário permanente e milhares de pessoas continuem morrendo devido à infecção pelo vírus.

O infectologista e pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz), Diego Xavier, diz que apesar de uma tendência de diminuição de óbitos, MT ainda enfrenta um nível muito alto no número de casos. A taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) continua em torno de 90%. Ressalta que há de se reconhecer que foram tomadas de medidas restritivas mais intensas. Mas, se não houver cautela nesse momento de retomada, atenção aos sintomas, testagem aos primeiros sinais de uma possível infecção e isolamento das pessoas em casos positivos, inevitavelmente haverá mais uma vez uma curva ascendente e consequentemente mortes.

Ele frisa que a Capital oferece suporte para vários municípios menores que não dispõem do atendimento especializado, principalmente UTI e por isso, os cuidados devem ser coletivos. Os municípios que não estão tomando nenhum cuidado acabam enviando pacientes para a Capital, sobrecarregando o sistema de saúde local. Isso, conforme o infectologista, pode trazer uma insegurança para a população fazendo com que ela acredite que as medidas de restrições não funcionam.

“Cada município sozinho não resolve o problema, é preciso mudar de estratégia para tentar colher resultados diferentes, caso contrário continuamos sofrendo com esse caos instalado”.

"Contaminação maior é no lazer",  afirma virologista e epidemiologista

A virologista e epidemiologista, pesquisadora da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Ana Cláudia Terças Trettel, acredita que todo o cenário local não vai colaborar para uma terceira onda porque na verdade sequer acabou a segunda. “Eu acredito que vai colaborar para que a gente continue no pior momento da pandemia que vivenciamos desde janeiro. A segunda onda ainda se mantém, é como se viesse um tsunami encima de outro.

Segundo ela, quanto menos se vacinar, mais o vírus circula e quanto mais ele passa de uma pessoa para outra, aumentam as chances de haver mutações. “Isso pode facilitar com que o vírus faça escape viral e consequentemente fuja às estratégias de vacina”.

Trettel enfatiza que a baixa nos óbitos não é motivo de despreocupação, já que a taxa de ocupação de UTIs continua alta. Destaca que Mato Grosso aumentou 500 leitos intensivos durante a pandemia, e que se não fosse assim, a situação estaria pior.

A especialista ainda lembra que na v a diminuição dos óbitos pode estar relacionada à redução da faixa etária infectada e ao aprendizado de muitas estratégicas terapêuticas e equipamentos utilizados no tratamento intensivo, que no começo da pandemia ainda eram desconhecidos. Ela enfatiza que a maioria das infecções por covid-19 não está ocorrendo no ambiente de trabalho e sim, em momentos de lazer.

“No encontro do barzinho, na chácara, na beira do rio. No momento que as pessoas se reúnem para comemorar e tirar as máscaras para se alimentar e beber. É nesse momento que ocorre a infecção, entre amigos e familiares”.

Fonte: Cáceres Notícias

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