Pontes e Lacerda (MT) já registrou, em apenas seis meses, mais que o dobro de casos registrados em 2020 inteiro.
Em seis meses, Mato Grosso já registrou 2.014 casos de malária, segundo a a Secretaria Estadual de Saúde (SES). A média foi de 335 pessoas infectadas pela doença por mês. No ano passado, essa média foi de 298 casos, registrando um aumento de 12% neste ano.
Aproximadamente 90% dos casos de malária no estado são decorrentes de áreas de garimpos.
Neste ano, as ocorrências foram registradas em:
Pontes e Lacerda (1.059)
Aripuanã (588)
Colniza (220)
Conquista D’ Oeste (39)
Comodoro (37)
Pontes e Lacerda, no sudoeste do estado, já registrou, em apenas seis meses, mais que o dobro de casos registrados em 2020 inteiro, quando 420 pessoas foram infectadas pela doença no município.
m janeiro deste ano, uma pessoa morreu por malária em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. No entanto, o local provável de infecção é o município de Pontes e Lacerda.
Em 2020, foram registrados 3.587 casos de malária em Mato Grosso em cinco cidades:
Aripuanã (1.410)
Colniza (1.133)
Pontes e Lacerda (420)
Vila Bela da Santíssima Trindade (271)
Comodoro (201)
Não houve registro de óbito por malária no ano passado no estado.
Sintomas
A malária é uma doença infecciosa febril aguda e transmitida pela picada do mosquito Anopheles. Os sintomas são: febre, calafrios, cefaleia, sudorese, mialgia, náuseas e vômitos.
Os sinais de malária grave e complicada são: temperatura de 41ºC, convulsão, vômitos repetidos, dispneia, anemia intensa, hemorragias e alterações de consciência.
Atualmente, não há vacina contra a malária no país.
O diagnóstico precoce e o tratamento correto evitam o agravamento do quadro de saúde e o óbito pela doença.
Tratamento
Segundo a SES, os casos leves e graves de malária são tratados nas unidades de saúde localizadas onde os pacientes foram diagnosticados.
Já os casos gravíssimos são atendidos no Hospital Universitário Júlio Muller, em Cuiabá, unidade de referência para o tratamento da doença.
Os medicamentos utilizados para o tratamento da doença são fornecidos aos 16 Escritórios Regionais de Saúde (ERS) da SES, que realizam a distribuição aos municípios de abrangência territorial.
A secretaria informou que, por meio da Superintendência de Vigilância, realiza, rotineiramente, capacitação dos profissionais de saúde da Atenção Básica no manejo clínico e tratamento de malária.