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Autoridades brasileiras e bolivianas buscam solução para conter suposta extorsão por agentes de migração de San Matias

Publicado em: 06/07/2021
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A suposta prática de extorsão à cidadãos estrangeiros – principalmente brasileiros – em território boliviano, através de agentes do Serviço de Emigração, em San Mathias, na fronteira com Cáceres, será debatida, na terça-feira, (6/7) na Bolívia, entre autoridades dos dois países.

      Uma comitiva liderada pela prefeita de Cáceres, Eliene Liberato Dias e o presidente da Câmara Municipal, vereador Domingos Oliveira dos Santos, além de 7 vereadores, estará se reunindo, com autoridades locais, na sede do governo autônomo de San Matias, província Ángel Sandoval, para debater a situação.

      Agentes do Serviço de Emigração, em San Matias, são acusados de se aproveitarem da pandemia do covid-19 para exigir, além da documentação pessoal, outros, como por exemplo RT-PCR (exame molecular que identifica e confirma o covid) até Seguro Internacional de Saúde, para permitir a entrada no país.

      As denúncias são de que, se não apresentarem toda documentação, os estrangeiros são impedidos de prosseguir viagem ao interior ao país. A não ser que desembolsem a quantia de R$ 500. O pagamento se torna suspeito, conforme os denunciantes, porque eles não fornecem nenhum comprovante.
 
      Caso alguém for pego do lado boliviano é obrigado a pagar uma multa de 20 bolivianos por dia, o equivalente a R$ 18.  Além disso, tanto o Seguro Internacional, quanto o RT-PCR, tem prazo de validade: o Seguro vale por 8 dias, já o RT-PCR 4 dias. Se ultrapassar esse período e for encontrado transitando, com o documento vencido, também paga multa de 20 bolivianos/dia.

     Curioso, conforme os denunciantes, é que o Seguro Internacional só e cobrado em Sant Matias. Informam que na fronteira entre Corumbá e Porto Gijarro não há obrigatoriedade do Seguro Internacional, apenas o RT-PRC, assim como na fronteira entre Pontes e Lacerda a San Ignácio de Velasco.

      Os denunciantes não se identificam, porque a maioria são parentes de brasileiros que estudam em faculdades de medicina bolivianas, principalmente, na cidade de Santa Cruz de La Sierra. Eles temem que possam ser reconhecidos e os filhos sofrerem represálias no país.

      A reunião, em San Matias, na terça-feira, é resultado de um encontro realizado no dia 30 de junho, em Cáceres. O presidente da Câmara, Domingos dos Santos, acompanhado de vários vereadores, se reuniu com a consulesa da Bolívia, Maria Patrícia Chaves Escobar, expondo a situação.
      À oportunidade a consulesa anotou as denúncias, entrou em contato com autoridades de Bolívia e viabilizou nova reunião. Desta vez, conforme os organizadores, em San Matias, com a participação do alcaide CarlosVelardde Villarroel e representantes do Serviço de Emigração.

      A proposta, conforme a comitiva brasileira/cacerense, será encontrar alternativas de resolver o impasse de forma legal e que haja um tratamento igualitário e harmonioso entre brasileiros e bolivianos, levando em conta que as cidades são consideradas gêmeas;

      “Vamos propor para que haja um tratamento igualitário, sem discriminação e sem que haja prejuízo entre brasileiros e bolivianos. Vivemos em cidades gêmeas. Centenas de bolivianos entram e saem diariamente de Cáceres, outros trabalham aqui, sem serem discriminados, sem terem que pagar nada. O que queremos é que esse tratamento harmonioso seja mútuo” antecipou Domingos.

      Além da prefeita Eliene Liberato Dias e do presidente da Câmara, Domingos dos Santos, farão parte da comitiva, os vereadores Isaias Bezerra, Franco Valério, Marcos Ribeiro, Manga Rosa, Celso Silva, Valdeníria Dutra Ferreira, Rubens Macedo e Flávio Negação. A reunião acontece na sede do governo às 14h.

 

Fonte: Jornal Oeste

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