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Policiais penais acusam tenente coronel da Polícia Militar de deboche com a categoria

Publicado em: 23/07/2021
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Policiais penais de Mato Grosso acusam o tenente coronel da Polícia Militar R.O.V., de ter debochado da categoria em um comentário que o oficial fez de uma matéria jornalística no Facebook.

O comentário foi feito na rede social de um site do interior. A matéria jornalística falava sobre uma policial penal que reagiu a um roubo e matou um ladrão que tentava roubar uma loja de materiais para construção em Várzea Grande na quarta-feira (21).

Após a publicação da matéria, o oficial foi à rede social e perguntou: “Carcereiro pode andar armado???”. Após questionamento, diversos servidores da categoria se revoltaram e foram à rede social do oficial pedir retratação.

De acordo com a Lei 12.993/14, os policiais penais possuem porte de arma de fogo dentro e fora do serviço, em todo território nacional.

Ao HiperNotícias, o deputado estadual João Batista (Pros), que é policial penal, disse que ficou triste com a pergunta do policial militar. O parlamentar ainda acrescentou que o tenente coronel sabe o termo correto, mas que a intenção era "debochar" da categoria. 

“Ele (o tenente coronel) sabe que o termo correto é policial penal e não carcereiro. Ele fez de forma proposital, ele quis debochar da categoria. Eu fico triste, não pela instituição, mas porque nós estamos falando de um cidadão que, em tese, tem nível superior, um oficial da Polícia Militar. Mas, nós, os policiais penais, não vamos nos deixar abalar por isso não”, garantiu.

João Batista ainda explicou que encaminhou um pedido ao comandante geral da Polícia Militar, Jonildo José de Assis, para que solicite ao tenente coronel que se desculpe formalmente com os policiais penais de Mato Grosso.

“Eu entrei em contato com o comandante geral da Polícia Militar. Já fiz por escrito para que ele (o comandante geral) peça para que o tenente coronel se retrate, tendo em vista que querendo ou não, acaba aparecendo o nome da Polícia Militar”, informou.

Outro lado

À reportagem, o oficial afirmou que não sabia que a nomenclatura “carcereiro” já havia sido trocada. Além disso, o oficial pediu desculpas e informou que já retirou o comentário da rede social.

“Eu já fiz uma retratação no próprio site que eu fiz a pergunta e fui mal interpretado. O fato teve uma proporção que não deveria ter. Diante desse ruído na comunicação, eu tirei a publicação e, logo depois, ao saber que estava equivocado, eu pedi perdão", informou.

Por fim, o coronel afirmou que após o comentário tem sofrido ataques nas redes sociais.

“Eu só não entendi os ataques gratuitos que foram feitos querendo atingir a minha honra. Quando eu soube que estava equivocado na nomenclatura, que, simplesmente, todo o problema foi a nomenclatura. Em nenhum momento eu quis denegrir a categoria. Eu trabalhei no sistema, eu vi do sistema. Porém, acho que criaram uma tempestade que não deferia ter sido criada”, opinou.

Fonte: HiperNotícia

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