Os caminhoneiros decidiram suspender a paralisação em todo país que estava programada para começar nesta quinta-feira (21), após uma audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, na noite desta quarta-feira (20). A audiência, entre lideranças dos caminhoneiros e representantes do setor produtivo para discutir o preço mínimo do frete durou 4 horas e ficou acertado que as partes tentarão chegar a um consenso sobre uma nova tabela de preços — que será apresentada em juízo — na próxima quinta-feira (28).
O presidente da Associação dos Caminhoneiros de Sorriso, Alexandre Schueroff, explica que as principais lideranças dos caminhoneiros decidiram abortar a greveaté a próxima audiência, quando ainda há expectativa de um acordo entre as partes. Caso contrário, uma nova paralisação deve começar na próxima sexta-feira (29).
O preço mínimo do frente foi uma das principais exigências dos caminhoneiros durante o movimento grevista, que durou 11 dias e bloqueou diversas rodovias do país, causando desabastecimento de combustível e alimentos.
A pressão surtiu efeito e o Governo Federal aprovou uma Medida Provisória para estabelecer o tabelamento. Por outro lado, a medida desagradou os empresários, principalmente do setor do agronegócio.
Eles já entraram com uma série de liminares junto ao STF alegando que a Medida Provisória do Governo é inconstitucional, pois cria monopólio, ferindo a livre concorrência de mercado.
O movimento considerou como uma vitória a aprovação do marco regulatório do transporte rodoviário, que ocorreu na noite desta quarta-feira (20), na Câmara dos Deputados. O projeto de lei agora passará por análise no Senado.